HENRIQUE MAYNART, da Mangue Jornalismo
As pedras da Catedral Metropolitana de Aracaju, calcadas com trabalho escravo nos rincões do século XIX, sentiram ontem, 25, o peso e a sola das pretas de julho. Gerações e vivências distintas se amontoaram na Praça Olímpio Campos munidas de cartazes, vozes e gargantas. Quem mandou matar Marielle Franco? Rejane Maria, presente! Tereza de Benguella vive! Contra o extermínio e o encarceramento, contra o feminicídio, em defesa de outro mundo possível.
O Dia Internacional da mulher negra latino-americana e caribenha, presente no calendário da ONU desde 1992, pegou a perpendicular com o Dia Municipal da Mulher Negra Rejane Maria Pureza do Rosário, afluiu em direção à Ivo do Prado e desembocou na borda da Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe. A décima primeira edição do Julho das Pretas em Aracaju rendeu e não bastou em palavra, luz, sombra e cor.
Confira a reportagem fotográfica. Imagens de Henrique Maynart.