A Agência Mangue de Jornalismo é produto do CENTRO DE ESTUDOS EM JORNALISMO E CULTURA CIRIGYPE, uma associação sem fins lucrativos que busca realizar um jornalismo de qualidade e independente. Somos uma organização da sociedade civil, sem qualquer vinculação político-partidária, sediada em Aracaju, Sergipe, Nordeste do Brasil, movida para promover o jornalismo como lugar de debate no interesse público, com participação democrática, que prima pela rigorosa apuração, busca da verdade no relato dos acontecimentos e precisa apresentação do conteúdo jornalístico.
Nossa missão é apresentar ao público, de modo regular, conteúdo jornalístico independente e de qualidade, resultado de exaustiva investigação jornalística, combatendo a desinformação, trazendo os acontecimentos e as histórias de pessoas, principalmente aquelas em invisibilização nas mídias tradicionais.
Nossa visão é ser reconhecido em Sergipe, no Nordeste e no Brasil como um veículo jornalístico credível e de referência para o amplo debate democrático, que produz um ambiente de uma prática jornalística independente e de qualidade, que oferece um jornalismo investigativo, pautado pelo interesse público em temáticas como direitos humanos, meio ambiente, igualdade racial, igualdade de gênero, diversidade, direito à cidade, cultura e liberdade de expressão.
Acreditamos que o jornalismo é o lugar da escuta, do diálogo, do encontro de sujeitas e sujeitos que constroem coletivamente o conhecer para transformar as realidades opressoras. Assim, é preciso construir e conquistar credibilidade a partir do compromisso vital com a verdade, condição que vai possibilitar denunciar injustiças, violências, arbitrariedades, a desinformação, mas também anunciar as lutas, a construção de novos mundos, as esperanças, as experiências de superação das lógicas fascistas e colonialistas permanentes no cotidiano.
Não recebemos verbas de publicidade de governos, de empresas públicas e nem de empresas privadas, excetuando verbas conquistadas em editais públicos de ampla publicidade e concorrência destes setores. Também não recebemos verbas de políticos com mandato e nem de partidos políticos e de organizações religiosas. Essas são algumas das condições fundamentais para garantir nossa independência jornalística.
A sobrevivência da Agência Mangue de Jornalismo depende de nossas leitoras e leitores, do apoio e da doação delas e deles. Além disso, buscamos recursos para realizar um jornalismo independente junto às fundações e organismos nacionais e internacionais de apoio à mídia independente, bem como de fundos judiciais indicados pelos Ministérios Públicos. Para a sustentabilidade, podemos prestar serviços editoriais, consultorias, realizar cursos, palestras e venda de objetos. Realizar um jornalismo independente, investigativo, de qualidade custa caro. Por isso, também fazemos campanhas públicas de apoio e, principalmente, pedimos doações permanentes de nossos leitores.
O porquê Mangue Jornalismo?
Você já se perguntou quando queremos dizer que uma coisa é bagunçada, desorganizada, sem controle, dizemos “que isso aqui é um mangue”? Talvez isso seja um modo elitista de aprendizado, um preconceito de classe, raça e gênero, porque quem mais vive nos e dos mangues são pobres, muitas mulheres, negras e negros. Essa reação de dizer “isso é um mangue” pode ser um sinal de horror aos pobres, o não querer acolher as diferenças, as pluralidades, as várias expressões de liberdade, de ser e de estar no mundo. Além disso, lembremos que grande parte do litoral sergipano, especialmente Aracaju, já foi um imenso mangue e que foi sendo destruído, aterrado, violentado. Ao usarmos Agência Mangue de Jornalismo, também apresentamos as seguintes discussões:
Mangue é lugar de vida, de produção e reprodução da vida diversa, plural, das sobrevivências conectadas, um lugar de potência de vida.
Mangue aponta para discussão em torno da sua importância nas mudanças climáticas, da renovação das marés, da proteção das vidas no mangue e do mangue;
Mangue implica nossa discussão em torno da questão socioambiental, da sobrevivência das fauna e flora e das comunidades tradicionais;
Mangue exige um compromisso nosso com um jornalismo de defesa e promoção dos direitos humanos, do direito à cidade, denunciando a violenta especulação política imobiliária;
Mangue em cidades como a nossa aponta para resistência, insistência, existência sempre ameaçada pelo capital;
Mangue batizou um dos movimentos de cultura mais importantes desse país, o Manguebeat
Conheça nossa equipe
Ana Paula Rocha
É graduanda em Letras Português/Inglês (UFS) e tradutora freelance no Brasil de Fato. Foi trainee da segunda edição do Programa Mirante, da Agência Lupa, e integra a 8ª geração da RedLATAM de Jóvenes Periodistas de Distintas Latitudes. Foi selecionada na 5ª edição do projeto Revelando os Brasis, pelo qual roteirizou e dirigiu o curta-metragem documental “Afogados” (2014), exibido no Canal Futura.
André Teixeira
Comunicador social por vocação, jornalista por opção. Colaborou com Ilma Fontes para O Capital e permanece na resistência ao ordinário, entendendo que Cultura e Arte são fundamentais para alimentar o pensamento crítico. Autor do livro reportagem “A feira dos discos” e dois livros de poesia. Graduado pela UFS em 2018, permanece não sabendo o dobro do que o que sabe, tendo muito mais dúvidas do que certezas.
Cristian Góes
Jornalista pela Universidade Tiradentes, mestre em Comunicação Social pela Universidade Federal de Sergipe e doutor em Comunicação e Sociabilidade pela Universidade Federal de Minas Gerais. Experiência como repórter e assessor de Comunicação nas áreas sindical e pública.
Henrique Maynart
Henrique Maynart é jornalista e comunicador popular. Tem experiência em comunicação sindical e jornalismo literário. Autor do livro-reportagem “Nem copo de cachaça nem prato de comida: a primeira greve dos comunicadores sergipanos” (EDISE, 2018). É repórter da Mangue Jornalismo.