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Trabalhadores do setor cultural de todo país vão se reunir em Vitória/ES nos dias 3 e 4 de maio

ANA LUZES, especial para Mangue Jornalismo

O Estado do Espírito Santo receberá pessoas de todo o Brasil para o Seminário Trabalho na Cultura, que acontecerá nos dias 3 e 4 de maio, em Vitória, no Museu Capixaba do Negro (Mucane). O evento contará com debates, apresentação de resumos expandidos e relatos de experiência, além de atrações culturais. Para participar, não é necessário fazer inscrição, mas é importante chegar cedo para garantir um lugar.

O seminário, realizado pela Associação Cultura Capixaba (Cuca) e pelo Grito da Cultura, promoverá reflexões e debates sobre o trabalho na cultura no contexto das políticas culturais no Brasil.

“Realizar o Seminário na semana em que se comemora o dia do trabalhador, que é no 1º de maio, e o dia Nacional da luta dos trabalhadores e trabalhadoras da cultura, que é no dia 4, é colocar o tema no centro do debate”, diz a curadora do projeto, Karlili, que destaca que a precarização e a desvalorização do trabalho na cultura produziram o apagamento da identidade do trabalho nesse setor.

“O seminário coloca o trabalho na cultura em evidência em um momento da efervescência desse debate que é similar em vários lugares do Brasil e do mundo. A complexidade da atuação na cultura somada a uma história de negação e ausência de direitos produziu narrativas enganosas e fortaleceu projetos de poder que desmantelaram as políticas culturais, produzindo condições cada vez mais precárias de trabalho. Nesse sentido, realizar o Seminário é colocar o holofote nesse tema”, afirma Karlili.

O evento conta com apoio da Secretaria Estadual de Cultura do Espírito Santo (Secult/ES), da Ciclo Escola e da Prefeitura Municipal de Vitória (PMV). Foi viabilizado por indicação da emenda parlamentar da deputada estadual Camila Valadão (Psol).

Programação

A programação começa no sábado, dia 3, às 9 horas, com as boas-vindas e intervenção cultural. Às 10 horas tem início a mesa de abertura, cujo tema é O mundo do trabalho na cultura, com Anna Ortega, do Nonada Jornalismo, do Rio Grande do Sul; a deputada estadual Camila Valadão, Karlili e o antropólogo e pesquisador Mauro Cordeiro, do Rio de Janeiro.

A programação da tarde começa às 13h30, com apresentação de resumos expandidos e relatos de experiência, seguida da mesa Cultura: trabalho e luta. Participarão da mesa a autora do livro Trabalhadores da Cultura, Amanda Coutinho, de Pernambuco; a integrante do Grito da Cultura, Amora Gasparini; Sérgio Pinto, do Movimento Carreira da Cultura que luta por um plano de carreira para os servidores do Ministério da Cultura, do Distrito Federal; e Fátima Verônica, do Movimento Urgente de Trabalhadores da Cultura (Movuca), do Rio de Janeiro.

Fátima destaca a importância do seminário para a mobilização dos trabalhadores da cultura. “É preciso lutar pelo aumento do orçamento pra cultura, pelo aumento dos contemplados nos editais.  Entender que o número de trabalhadores na cultura aumentou consideravelmente nos últimos, e o governo precisa garantir meios e condições dignas de trabalho”, diz.

No domingo, dia 4, a programação também inicia com as boas vindas e intervenções culturais. Às 10 horas haverá a mesa Arte, tecnologia e a Inteligência Artificial. Inovação ou precarização?, com Brendon Barbosa, da União democrática dos artistas digitais (Unidad), do Rio de Janeiro; Rafael Bellan, pesquisador, jornalista e professor do Departamento de Comunicação Social da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes); da diretora de arte Thais Rodrigues, do Espírito Santo;  do jornalista, produtor e cineclubista capixaba Vitor Taveira.

À tarde, a partir das 13h30, terá apresentação de resumos expandidos e relatos de experiência. Às 15 horas acontecerá a mesa O futuro é quilombola, aldeia e favela, com a rapper Afronta, do Espírito Santo; a liderança indígena de Aracruz Deusdeia Tupinikim; e a mestra quilombola do Sapê do Norte, Gessi Cassiano. Em ambos os dias haverá atrações culturais também à tarde.

Registro do último seminário (Crédito Ana Luzes)

Cuca e Grito da Cultura

A Associação Cultura Capixaba (CUCA) nasceu em 2015 da necessidade de atender uma demanda do setor cultural em aglutinar seus agentes, profissionalizando a atuação dos trabalhadores e com isso promover projeto, ações e programas culturais e socioculturais para fortalecer a cultura no Espírito Santo, além de formar uma rede de trabalhadores da cultura para promover a cultura capixaba.

O Grito da Cultura-movimento das trabalhadoras e trabalhadores das artes e da cultura é um movimento social formado por trabalhadores da cultura que nasceu em 2022 para lutar contra o desmonte das políticas públicas de cultura em Vitória, mas que está ampliando sua atuação para todo o Espírito Santo.

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