ANA PAULA ROCHA, da Mangue Jornalismo
@anapaula._.rocha
Com quantos muros você se depara todos os dias? Algum é odiado ou amado? Há quanto tempo eles estão onde estão?
Lançado em 2022, o curta-metragem sergipano “O Muro” parte de uma premissa simples para explorar um elemento da paisagem urbana pouco lembrado, mas que sempre impacta o horizonte e mobilidade das pessoas.
Bruno Costa, realizador audiovisual que assina o curta-metragem, explica que “O fotofilme surgiu durante a disciplina ‘Fotografia para o Audiovisual II’, parte da grade do curso de Cinema e Audiovisual da Universidade Federal de Sergipe (UFS)”.
Ele lembra que a ideia inicial era outra, mas a professora Maria Beatriz Colucci apresentou em uma aula o Projeto Giganto, de Raquel Brust, um trabalho de ‘instalação fotográfica hiper dimensionada com lambes’. “Com essa referência, eu pensei no extenso paredão que rodeia o Aeroclube de Sergipe e sobre como contar a história e as consequências da criação do muro”, explica.
Filmado por Bruno na rua onde sempre residiu, “O Muro” mostra a paisagem com a qual ele se depara toda vez que abre a janela de casa. Apesar das quase três décadas de existência da construção, a vista de blocos cinzas não era a única entre muitos dos vizinhos do diretor, situação que o curta tenta apresentar em perspectiva.
“A ideia inicial era projetar lambes de fotos de alguns moradores da rua ao redor do muro, mas encontrei algumas dificuldades na autorização do uso de imagem. A partir desse obstáculo, surgiu a ideia de projetar fotos de antes da existência do muro, criando um portal para o passado e um dispositivo para despertar as memórias das personagens cujos relatos narrados conduzem o filme”, explicou Bruno
Assista ao curta “O Muro”: