Da redação da Mangue Jornalismo
@manguejornalismo
Desde o último final de semana, um grupo de leitoras e leitores da Mangue Jornalismo passou a se constituir como Conselho de Interlocutores Externos. Esse organismo independente dentro da Mangue é parte do controle social que ao qual a organização se submete voluntariamente.
Trata-se de uma inovação na comunicação em Sergipe. Para a Mangue, o jornalismo se realiza na relação entre jornalistas e público, assim, tanto os profissionais quanto as leitoras e leitores são agentes de um mesmo processo comunicacional que produz jornalismo.
O Conselho de Interlocutores Externos foi instalado na sexta-feira, dia 10, na sede da Mangue, em Aracaju. As conselheiras e conselheiros vão fazer o acompanhamento crítico das atividades jornalísticas, podendo também analisar e opinar sobre questões administrativas e financeiras.
Composto por professoras, advogados, engenheiros, servidores públicos da ativa e aposentados, ambientalistas, o conselho externo tem 13 membros que atuarão com independência. Ele se reúne de modo ordinário uma vez por semestre, mas pode ser convocado extraordinariamente.
O Conselho de Interlocutores Externos está previsto no Estatuto Social do Centro de Estudos em Jornalismo e Cultura Cirigype, e seus membros são indicados e aprovados pelo Conselho Gestor entre as apoiadoras e os apoiadores regulares do jornalismo independente da Mangue Jornalismo.
Entre as tarefas específicas das conselheiras e conselheiros externos da Mangue estão examinar os procedimentos metodológicos da redação, desde a definição da pauta à escolha de fontes, angulação das reportagens, apresentação do material e repercussão.
“Tínhamos pensando em um conselho menor e como representação. Entretanto, optamos por ampliá-lo, reforçando a diversidade e pluralidade do público que nos acompanha. Com a instalação do conselho, a Mangue ganha bastante, aprimorando seu jornalismo. Mas o maior benefício é revertido para a sociedade, que terá uma cobertura de maior e melhor qualidade”, avaliou Cristian Góes, coordenador da Mangue.
Na instalação do conselho foi aprovado um Regimento Interno, e ao final ficou acertada para breve uma reunião extraordinária para discutir a sustentabilidade financeira da Mangue Jornalismo. Também nessa reunião será escolhido um(a) coordenador(a) do conselho.
Participam do Conselho de Interlocutores Externos Elda Góis, José Antônio, Sandra Beiju, Milton Oliveira, Leila Moraes, José Firmo, Aécio Ferreira, Myrna Landim, Vitor Lisboa, Carlos Franciscato, Milena Barroso, Antônio Wanderley e Cátia Andrade.
Os membros do conselho externo não recebem quaisquer remunerações sob qualquer forma, sendo considerada a atuação como voluntária e de relevância pública. As conselheiras e os conselheiros têm mandato de dois anos, com direito a uma recondução por igual período.
Nos próximos dias deve ser criado um e-mail específico – com divulgação pública no site da Mangue – para que o Conselho de Interlocutores Externos possa receber denúncias, críticas e sugestões de outras leitoras e leitores sobre as atividades da Mangue Jornalismo.
“Vocês são muito necessários em Sergipe porque apresentam reportagens amplas, com temas relevantes e que não aparecem em outros veículos. E com a criação desse conselho, penso que vocês dão um passo grande para a consolidação. Essa aproximação direta com o público é fundamental”, disse Milton Oliveira, que é da Associação de Pais, Amigos e Pessoas com Deficiência de Funcionários do Banco do Brasil e da Comunidade.
“É uma honra, uma alegria participar desse momento de vocês. Estamos aqui para colaborar. Ler, analisar, comentar, avaliar as matérias da Mangue, sempre com a intenção de que a organização cumpra seu propósito de oferecer um jornalismo de qualidade, independente”, afirmou Elda Góis, economista aposentada.
“Esse é um jornalismo que precisamos, mas sabemos que é bem difícil a sua sobrevivência. Penso que um dos desafios do Conselho de Interlocutores Externos da Mangue é pensar, formular e sugerir ações que possam auxiliar na sustentabilidade desse projeto necessário”, defendeu Aécio Ferreira, engenheiro e funcionário da Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso).
“Sabemos que, a cada dia, é imperativo que as organizações jornalísticas sejam cada vez mais abertas e transparentes aos olhares da sociedade para que sua legitimidade e confiabilidade social sejam reafirmadas”, afirmou Carlos Franciscato, professor do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Sergipe (UFS).
ACRÉSCIMO
15/05/2024 às 11h11 – O texto acima foi acrescido do seguinte parágrafo:
O Conselho de Interlocutores Externos está previsto no Estatuto Social do Centro de Estudos em Jornalismo e Cultura Cirigype, e seus membros são indicados e aprovados pelo Conselho Gestor entre as apoiadoras e os apoiadores regulares do jornalismo independente da Mangue Jornalismo.
Uma resposta
Isso mesmo, Cristian. Um ano de Mangue é muito oportuno dizer o quão dasafiadora será sua sustentabilidade sem uma fonte externa de recursos.