CRISTIAN GÓES, da Mangue Jornalismo
Na verdade, essa reportagem foi realizada e é também assinada pelos nossos leitores Fernando Augusto e Raimundo Santiago. Os dois são ciclistas e também precisam utilizar a bicicleta para trabalho. Eles gravaram vídeos mostrando os riscos de morte que é pedalar por ruas e avenidas de Aracaju, seja pela ausência de ciclovias e ciclofaixas, seja pelo descaso da Prefeitura de Aracaju com a falta de manutenção das poucas ciclovias da cidade.
No vídeo a seguir, Fernando Augusto convida os leitores da Mangue Jornalismo para fazer, com ele, o trajeto pela Avenida Hermes Fontes, no sentido Praça da Bandeira até a rótula do posto de saúde Sinhazinha. Nessa avenida, a prefeitura gastou mais de R$ 21 milhões e não faz nem ciclovia nem ciclofaixa. Pedale com Fernando até o final.
Raimundo Santiago utiliza a avenida Augusto Franco, mais conhecida como Rio de Janeiro. Lá até existe uma ciclovia, também utilizada perigosamente por pedestres. O problema central é essa ciclovia tem vários trechos danificados e o vídeo feito pelo Santiago é exatamente de um acidente que ele sofreu em razão da falta de manutenção pela Prefeitura de Aracaju. Veja o vídeo.
Em Maio de 2011, a Prefeitura de Aracaju divulgou que vinha realizando ações específicas para melhorar a mobilidade urbana, principalmente através do incentivo ao uso de bicicletas como meio de transporte. Como resultado dessa política, Aracaju hoje é a capital que tem a maior rede cicloviária, proporcionalmente à população. São aproximadamente 70 km para 570 mil habitantes.
Uma resposta
A preocupação com as ciclovias mesmo só existe nos locais nas regiões e bairros mais nobres, como se os únicos a andarem de bicicleta na cidade fossem os ciclistas atletas e de lazer de fim de semana com suas bikes, enquanto o restante das ciclovias que servem aos trabalhadores que usam esse meio de transporte ficam a mercê da sorte em outros trechos da capital.