Com obras que sempre destacaram o mistério, desde telas até esculturas, Joubert Moraes criou um legado artístico em Sergipe e no Brasil. Para comemorar os seus 60 anos de arte, o artista irá expor 20 obras que marcaram a sua carreira. Durante as seis décadas de atividade, Joubert passou por diferentes estilos artísticos, mas manteve a sua característica de desenhar novos jeitos de enxergar e sentir o mundo.
Joubert fez sua primeira exposição em 1968, na Galeria de Arte Álvaro Santos, em Aracaju, e desde então vem espalhando as suas obras em todo o Brasil. Hoje ele tem 76 anos, e foi na infância que o artista de Propriá começou a traçar seus primeiros desenhos.
“As minhas obras sempre foram carregadas de mistério, nos anos 70 pintava com os dedos, desta época tenho telas maravilhosas. Depois vieram os figurativos e abstrações, a fase do Royal Palace que pintei muitas telas vermelhas, as africanidades que deram leveza e movimento, não falar de movimento sem falar dos meus coqueirais que têm a brisa da atalaia. O ‘Cristo Ainda Apaixona’ é o meu clássico que possui reprodução e corre o mundo”, conta Joubert.
A exposição “Joubert – 60 anos de arte” vem para celebrar a carreira do artista, mas o que deixa Jouber mais orgulhoso em abrir a vernissage é tornar as suas obras acessíveis para todos. “Celebrar 60 anos de arte é um privilégio. Reunir obras importantes e torná-las acessíveis ao público é o melhor de tudo. Além das minhas telas e esculturas, quem for ao museu ainda vai poder conferir o meu dvd do show que fiz no Atheneu, em 2021”, afirmou o artista.
Por passar por diversas formas de criar arte, Joubert também se aventurou na música. Compositor, cantor e instrumentista, acompanhou o tempo e percebeu que na contemporaneidade o que mais atrai no público jovem é a música, como conta a sua filha, Jade Moraes. “Joubert faz parte de uma geração que fez história nas artes de Sergipe e deixa um legado imenso na pintura, na escultura e hoje o que mais o conecta com as novas gerações é a música, muitos artistas jovens tocam e cantam suas composições”, explicou Jade, que, além de filha, é também curadora da exposição dos 60 anos de arte de Joubert.
“Meu pai é um dos últimos artistas da sua geração que ainda está vivo, manter sua arte pujante é salvaguardar nosso fazer artístico”, destacou a sua filha Jade.
A abertura da exposição “Joubert – 60 anos de arte” acontecerá no dia 12 de setembro, no Museu da Gente Sergipana, às 19 horas. As obras ficarão abertas para visitação do dia 13 de setembro ao dia 12 de outubro, de terça à domingo, das 10 horas às 15 horas.
A exposição faz parte do Programa Funarte Retomada 2023, que tem o objetivo de fomentar ações relacionadas a atividades artísticas, incluindo diversas manifestações, que englobam desde as técnicas tradicionais como a pintura, desenho e escultura, passando pela arte mural e, também, pelas manifestações contemporâneas e suas possibilidades de interatividade digital.
EDIÇÃO: Aline Braga
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