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Grupo Teatral Boca de Cena faz crescer arte nas periferias de Sergipe e do Brasil. Texto em três atos

Formado em 2005, o Grupo Teatral Boca de Cena completa 20 anos de história neste ano. (Foto: Valter Davi)

As portas de madeiras são esculpidas com máscaras e com o nome do lugar. Grupo Teatral Boca de Cena. Basta olhar uma vez, e os traços vão se tornando outros, sua visão é fisgada pelas figuras, quando menos esperar, você estará em outro mundo. Estará sonhando o seu próprio sonho.

Do lado de fora, um chão coberto de buracos e areia trazida pelo tempo. No alto, meio perdido pelos fios de energia que cortam o céu, está outro pedaço de madeira esculpida com o nome do lugar. É um lugar que não está perdido, está onde deve estar e sabe muito bem o seu propósito.

Nessas madeiras que parecem gritar, estão gravadas para que nunca esqueçam que depois delas há quem sonhe, não só pessoas, mas tudo o que tem vida e o que virá a ter. O teatro de rua começa assim, basta querer sonhar para que tudo nasça.

Quem abriu as portas foi Rogério Santos, um dos integrantes e fundadores do Grupo Teatral Boca de Cena. Assim que entrou, afastou uma coisa aqui, levou outra lá para o fundo. Não parou. “O chão está cheio de terra porque está tendo uma construção aqui do lado e toda hora fica entrando areia, e eu não vou ficar varrendo pra depois encher de novo”, falou com modéstia.

Não dava nem para reparar a areia que cobria o chão. O que continha nas paredes chamava mais a atenção dos olhos. Espalhados pelo espaço, tinham caixas com os adereços que os atores utilizavam em suas peças, desde máscaras até panos. Colado na porta de um cômodo, um papel escrito à mão com canetas de diferentes cores, “Blitz Cultural 2020. Parar, pensar e refletir. Bairro Bugio”.

Perto do teto, refletores que iam da entrada até o fundo. O palco de teatro passou por uma metamorfose, aos arranjos se transformou em outro, mas continuou vivo, carregado de imaginação e de história.

O Grupo Teatral Boca de Cena utiliza nas peças de roupa e cenários objetos que fazem parte da cultura sergipana. (Foto: Valter Davi)

Aquele espaço é um lugar em que os atores do Grupo se reúnem para conversas e ensaios. Para além dos objetos espalhados pelos cantos, há também guardado ali um carinho por tudo o que já aconteceu. E mais ainda, pelas pessoas que fazem parte. É como se cada um pegasse um punhado de terra e fizesse sair dali uma flor. Eles montam o jardim e cuidam para que floresça ainda mais.

Assim que Felipe Mascarello chegou, foi recebido por um abraço prolongado de Rogério. Eles ficaram ali por longos segundos em silêncio, absorvendo cada calor que irradiava. O carinho dessa grandeza, se estendeu para Leandro Handel e Annakely Melo, que foram recebidos da mesma forma, sem tirar nem pôr. Os quatro atores trocaram carinhos de cuidado sem se importar com o tempo. Uma empatia que parecia iluminar ainda mais aquele lugar cheio de histórias.

Os quatro personagens da peça ‘Remundados’ estavam ali por inteiro. Quatro pessoas que representam as mais de 10 que fazem parte do Grupo Teatral Boca de Cena. Então, se aconchegue bem, que o espetáculo vai começar.

LETRA: Somos um povo parido de sonhos, cada um tem um lugar. Somos pedaços de mundos onde a ganância e a ambição tomam lugar. Somos um povo parido de sonhos, cada um tem um lugar. Somos pedaços de mundos onde a ganância e a ambição tomam lugar. Somos a resistência de uma memória não apagada, refúgio seguro das nossas histórias, com a sina marcada por lutas e glórias. Lutas e glórias.

ATO 1 – O NASCIMENTO

Pelas ruas da Colina de Santo Antônio, em Aracaju, o grupo de teatro Imbuaça fazia espetáculos, ensaios, oficinas e cursos. Foi no ano de 2005 que o grupo lançou o curso profissionalizante “Nosso palco é a rua”, que desenvolvia aulas de canto, teatro, interpretação e danças folclóricas.

Imerso em peças que misturavam a atuação com a música, Rogério chamou Leandro e Anakelly para iniciar um novo projeto. Um projeto que eles poderiam explorar outras formas de se fazer teatro de rua, mas sempre lembrando das suas raízes. “O Imbuaça acaba repercutindo, respingando e provocando a gente em muitos lugares do existir. Porque foi um grupo que a gente pode considerar um grupo ancestral nosso. Então a gente não pode perder de vista essa ancestralidade. Porque o passado é a nossa inspiração, o presente é o oxigênio e o futuro é o que nós todas aspiramos”, falou Rogério.

Somos a resistência de uma memória não apagada, refúgio seguro das nossas histórias, com a sina marcada por lutas e glórias.” (Foto: Valter Davi)

“A gente começou a fazer um teatro muito coletivo, a princípio, depois colaborativo, em que nós fazíamos tudo, e era na rua. Os ensaios eram nas ruas, as roupas eram o que a gente tinha, a gente pegava roupa emprestada dos nossos parentes, os figurinos eram o que a gente cerrava, pregava e levava nas costas”, falou Leandro.

O curso durou dois anos, tempo suficiente para que o Grupo Teatral Boca de Cena se formasse, como também o curso de Licenciatura em Teatro chegasse na Universidade Federal de Sergipe (UFS) e possibilitasse o letramento, a pesquisa de uma produção mais técnica daqueles atores.

“A pesquisa de linguagem do Imbuaça é calcada nas danças dramáticas, danças folclóricas e na literatura do cordel. O Boca de Cena tem um caminho mais amplo, mais aberto, não segue essa linha que o Imbuaça segue. Porém, não deixa de pesquisar as manifestações culturais e populares de Sergipe”, falou Lindolfo Amaral, diretor do Imbuaça.

O Imbuaça completará 48 anos agora em 2025. São quase cinco décadas que os atores vão para as ruas de Sergipe e do mundo para fazer um teatro de resistência, de cultura e, principalmente, de representação do povo sergipano. Durante todos esses anos, o grupo precisou passar por diversas dificuldades, mas a que persiste e segue sendo uma ferida que não cicatriza, é a falta de recursos.

“Fazer teatro em Sergipe, principalmente teatro de rua, é muito difícil, uma vez que nós não temos patrocínio. A sobrevivência de um grupo de teatro é basicamente através da venda dos seus espetáculos, se não fosse isso, os grupos não teriam condições de sobreviver, porque não existe uma política pública que contribua com o teatro de rua. Uma coisa é certa: o teatro constroi pontes e não muralhas. O teatro aproxima as pessoas e sensibiliza as pessoas, assim como a arte, de uma maneira geral. Então tenho certeza que nós [grupos de teatro de rua] temos contribuído enormemente para a aproximação do público e, acima de tudo, salvaguardar as nossas identidades”, disse Lindolfo Amaral.

Essa genética foi herdada pelo Boca de Cena. Nascido pelas ruas do Santo Antônio e crescido onde dava. Desde o começo, aquele grupo de jovens sonhadores, tinham o desejo de continuar transformando a cultura sergipana. Em suas peças, é possível enxergar muitas características de Sergipe, é um jeito de falar aqui, uma gíria acolá.

“A gente começou um teatro muito pautado em estudo e pesquisa dentro da cultura sergipana, cultura popular, conceito de identidade. E até hoje isso é muito forte dentro da poética e presença do Grupo Boca de Cena. Que Grupo é esse? A gente pega o que é nosso: a identidade sergipana”, falou Leandro.

LETRA: Lá vem o vento soprando os meus cabelos e me mostra aonde devo ir. Lá vem o vento soprando os meus cabelos e sinto que o meu lugar é aqui.

ATO 2 – GERMINAR ARTE

Pairando por todos os cantos de Aracaju e Sergipe, se reunindo onde dava, praças se tornaram palco, casas foram feitas de coxias, até que em 2010 chegam no bairro Bugio. Acharam ali um prédio abandonado, chegaram assim mesmo, colocando os trapos e fazendo daquele bloco de concreto nascer uma flor.

O prédio era um posto de saúde, “Unidade de Saúde da Família Onésimo Pinto”, atualmente ele já foi reformado e atende a população do bairro. A partir daquele momento, todos os integrantes do Boca de Cena sentiram que iam mudar as vidas das pessoas do bairro Bugio, e, principalmente, as próprias vidas.

Começaram então a pesquisar como aquele bairro periférico funcionava, como as pessoas viviam as suas vidas. Assim surgiu o projeto de viveiros, em que cada ator ia para um canto diferente do bairro observar como tudo fluía, desde uma criança brincando até um bêbado estirado ao chão. Após analisar com aqueles olhos de desconhecidos, voltaram para a sede, debateram sobre o que viram e construíram personagens que se assemelhavam com aquele público.

“Eu já fui com uma vertente mais do bar. Tinha muito bar onde eu estava. Então, eu saí arrastando latinhas amarradas e me arrastando pelo chão. Eu estava bebendo, fumando e com um espelho escrito “Ou você me vê, ou você se vê”, e eu apontava o espelho para as pessoas. Cada ator-pesquisador chegou de uma maneira diferente. Mas todos tinham em comum o estranhamento das pessoas”, contou Felipe Marcarelli.

“A gente pega o que é nosso: a identidade sergipana”, Leandro Handel. (Foto: Valter Davi)

A vontade de colocar no lugar desse estranhamento o “normal”, era o que motivava ainda mais o grupo a continuar agindo por ali. Mesmo sendo corpos estranhos, cada um vinha de uma realidade parecida. A empatia tocou em seus corações e lhe trouxeram forças para mostrar as magias da arte para aquelas pessoas.

“Essas pessoas não precisam compreender ou entender quando elas são fortes e quando elas podem fazer diferença na vida dos outros ou quando elas podem falar, ou quando elas podem gritar. Elas podem se sentir representadas através daquilo que a gente faz, então elas têm essa potência. O bairro é dito periférico, é dito marginalizado, e a gente pega essa palavra, não é imaginar no sentido de ser bandido, que tem esse sinônimo, mas é errado, é se imaginar no sentido que está às margens, porque alguém te jogou lá, mas estar às margens, estar no mangue, estar na lama não é ruim, tem muita vida. Então, eles precisam compreender que esses lugares são lugares de potência. A periferia é um lugar de trabalho, é um trabalho de resistência, é um trabalho de se fazer vivo”, falou Leandro.

Aos poucos, os atores foram plantando sementes naquele terreno que parecia infértil de arte, e sempre que podiam, regavam aquelas vidas com as águas do teatro. Até que a primeira flor brotou, o jardim nasceu, se expandiu e segue crescendo.

No ano de 2012, o Grupo conseguiu abrir o seu primeiro espaço. Agora não era mais uma ocupação. Era um lugar para chamar de seu. De próprio. Cravar o nome na porta e se orgulhar.

“A arte tem esse poder incrível e transformador, né? Então a gente tem que levar um pouquinho do que a gente sabe, do que a gente aprendeu. E sábio não é aquele que guarda, sábio é aquele que sempre passa adiante um pouco do que tem”, disse Anakelly Melo.

Com o espaço, o grupo pôde fazer ensaios abertos ao público, receber visitas da comunidade, realizar apresentações e encontros, como também oferecer oficinas gratuitas.

“As oficinas eram oferecidas aqui. Então o que aprenderam aqui levaram para suas vidas, criaram a renda, tem gente que da primeira oficina começou a trabalhar com o que aprendeu aqui”, contou Anakelly.

A arte possibilitou, além da imaginação, uma alternativa financeira, um sopro de possibilidade entre o emaranhado de incertezas que é comum em vidas periféricas. “Tinha uma oficina de bordado para as senhoras. Tinha uma senhora que sabia bordar, a senhora ia com as outras e passava aquele conhecimento, aquela habilidade, pras outras. Então, ali poderia preencher um ócio, um tempo, uma ocupação, e virou fonte de renda, muitas delas continuaram trabalhando”, relembrou Leandro.

LETRA: Veio de lá, de terras para cantar histórias. Veio de lá de terras pra remundar. Amores e cores, palavras e flores, o dito não dito, o dito não dito. Cores, palavras, flores, amores do dito, bendito. Remundar. Veio de lá, de terras para contar histórias. Veio de lá, de terras. De terras pra remundar. Amores e cores, palavras e flores, o dito não dito, o dito não dito, cores, palavras, flores, amores do dito bendito.

ATO 3 – BLITZ CULTURAL

As oficinas, apresentações de peças e intervenções já não cabiam em poucos espaços do ano. Os atores sentiram a necessidade de expandir essas atividades, abrir espaços para outros artistas, levar a cultura para o máximo de pessoas que eles conseguirem. O que daria suporte para todas as vontades seria a criação de um festival de artes.

Sentados em volta de uma mesa, os atores começaram a lançar ideias para suprir esse desejo que floria. “E chegou ‘Blitz Cultural’, por esse sentido de parar, provocar e fazer o espectador refletir através da arte, porque o tempo todo a gente está nesse processo colonial de blitz”, falou Rogério.

O nome faz referência às blitz policiais, que muitas vezes acontecem de forma truculenta e seletiva para pessoas periféricas. Então o nome do festival, também, tem o objetivo de instigar a reflexão sobre esses atos, além de trazer à tona a prática da parada obrigatória, como enfatiza Felipe Mascarelli. “Então a ideia do festival é chegar num ponto onde as pessoas iam passar, iam se surpreender, parar e pensar” explicou Felipe.

Assim, em 2014, aconteceu a primeira edição, no bairro Bugio, durante cinco dias. O evento também era uma festa de comemoração para os nove anos de idade do Boca de Cena, e ali entre as ruas e a sede do grupo, aconteceram apresentações de teatro, shows musicais, danças e oficinas, totalmente gratuitas.

“Dialogamos com as várias linguagens artísticas, principalmente com públicos diferenciados, como estratégia de formação do público. Porque uma coisa é a gente ter no nosso festival só a nossa apresentação, e outra é complementar com outras linguagens, o teatro, a dança, a música, a capoeira, Então imagina essa sopa toda, a sopa vai dar um caldo de potência, inclusive como uma provocação de resistência pro público”, falou Rogério.

O Grupo Teatral Boca de Cena fez da Praça Fausto Cardoso de palco desde a sua criação. (Foto: Valter Davi)

Em 2019, o grupo foi até São Paulo por meio do projeto “Palco Giratório”, uma iniciativa do Sesc que promove a difusão das Artes Cênicas pelo Brasil. Quando o grupo retornou para Sergipe, voltaram com a vontade de expandir a “Blitz Cultural”, trazer novas formas de atuações pelo estado e, principalmente, colocar mais de uma blitz durante o ano.

“A ‘Blitz Cultural’ começa a ser temática e ela pode ser feita em fevereiro, pra representar o verão, ela pode ser feita em junho, para representar o festejo junino, ela pode ser feita como simpósio, como parceria com a Universidade Federal. Então aí a gente vai ter essa possibilidade também, esse outro lado de existência e de apresentação do grupo como uma produção sergipana de diálogos, de encontros no cotidiano do Bugio”, disse Rogério.

Desse jeito a Blitz Cultural seguiu até chegar em sua 10ª edição em dezembro de 2024, comemorando os 19 anos do grupo. Em todas as edições, o grupo fez questão de valorizar os artistas sergipanos, e para além disso, os artistas do bairro Bugio, como é o caso do cantor Róger Kbelera.

Róger é natural de Aracaju, formou sua infância no município de Salgado, em Sergipe, e regressou para a capital, firmando terra no bairro Bugio. “Eu já gostava muito de músicas e de observar as letras, de modo que eu me tornei compositor em função de gostar muito da letra, do português e da literatura. Nos meus 18 anos, comprei meu primeiro violão. Mas eu só fui tocar profissionalmente em São Paulo, no início dos anos 2000. E hoje eu vivo basicamente de música”, contou Róger.

Ao voltar para Aracaju, Róger deu de cara com um festival que estava acontecendo pelo seu bairro. Uma mistura de artes inundava aquele lugar, um festival feito por pessoas que levaram o teatro para as ruas do Bugio. O evento era tão mágico, que Roger chegou a estranhar. “Eu achava até que eles não eram daqui. Eu não os conhecia”, comentou.

No ano seguinte, Róger foi convidado a fazer uma apresentação na Blitz. A 9ª edição marcou a segunda participação de Róger, em 2024. A sua participação em um festival em seu bairro firmou a sua crença no poder transformador da arte nas vidas das pessoas.

“A arte, ela liberta. A arte nos leva a nos descobrir, através da descoberta de nós mesmos, descobrir o outro, a observar o outro e descobrir a gente. É um processo de simbiose. É fundamental que o acesso do povo seja irrestrito às atividades artísticas. O Boca de Cena traz isso, porque é um grupo que faz arte na rua, porque já é difícil o acesso aos teatros, e o teatro vindo às ruas, às comunidades, isso facilita muito”, disse Róger.

A peça “Remundados” fala sobre sonhos, migrações, resistência e esperança. (Foto: Valter Davi)

No Colégio Estadual Jornalista Paulo Costa, situado no bairro Bugio, a então diretora Deise Nascimento sabe como a arte pode mudar a vida dos seus alunos. A paixão por seus alunos é tamanha, que Deise não os chamam de “alunos” ou “estudantes”, e sim de “meus meninos”. São seus. E ela cuida de cada um como se fosse uma mãe.

“A gente é bem positivo para essas ações, porque são oportunidades que muitas vezes o meu menino não teria nos instantes normais da vida. E também para que ele possa perceber que no nosso bairro há pessoas envolvidas com cultura, e cultura de qualidade”, disse Deise Nascimento.

Dentro desse cuidado, Deise faz de tudo o que está ao seu alcance para poder proporcionar outras visões aos seus meninos. Com o Grupo Teatral Boca de Cena nas redondezas, a diretora viu na arte um ótimo lugar para dar essa oportunidade aos seus alunos.

E lá foram os atores ao colégio. Na primeira vez, realizaram uma oficina de teatro, em que Deise afirma que os seus meninos ficaram encantados. Na segunda vez, a diretora colocou cerca de 120 alunos, na faixa etária entre 18 e 60 anos, espalhados pela praça. Debaixo das árvores, aconteceu mais uma intervenção de teatro da Blitz Cultural.

“Eu penso que com o meu menino tendo acesso a esse tipo de cultura, ele tá abrindo a mente, porque eu to tirando ele daquela caixinha pronta e colocando ele para pensar. A arte faz com que a gente veja o mundo com várias janelas. E o teatro tem essa possibilidade. Então o meu menino abre a mente, porque tá vendo o mundo com várias óticas, várias janelas, e passa a ressignificar seu comportamento na própria sociedade”, explicou Deise.

Assim o Grupo Teatral Boca de Cena vai germinando arte pelas terras do Bugio, de outros bairros periféricos de Sergipe, até cobrir todo o mundo de flores. Com o teatro que canta sobre “um povo parido de sonhos”, o grupo mostra caminhos para que a imaginação floresça, e que assim a arte transforme cada vida em que tocar.

“A arte ensina a gente a criar, ela desenvolve a criatividade e ninguém conquista nada no mundo se não for criando. Para você buscar sua liberdade, seja da imaginação, seja a liberdade de você estar preso, ou você ter que fugir de si, tudo você tem que criar, você tem que imaginar e ver por onde é que você vai ter que fazer. Então a arte desenvolve a criatividade” falou Felipe.

Fim do terceiro e último ato.

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