Um convite para pensar (e ouvir) as sonoridades da negritude sergipana: antigos pedágios, novas pontes

A cor da pele é uma marca importante para entender a cidade de Aracaju. As formas de se diagnosticar a presença dessa ferramenta de hierarquização da população chamada racismo e das desigualdades que ela provoca são diversas e complementares. Uma delas é fazer o teste do pescoço, que consiste basicamente em posturar a cabeça, abrir os olhos e ver quem acessa os ambientes tidos como privilegiados e quem é escolhido para rosto representante da capacidade de decidir.

Sergipe, o cenário cultural e o que podemos aprender com o pensamento radical de Beatriz Nascimento?

No dia 20 de outubro de 2023, a Prefeitura de Aracaju publicou, finalmente, os Editais referentes à Lei Paulo Gustavo, editais estes bastante aguardados pela classe artística local. Devido a atual gestão da Fundação de Cultura de Aracaju (FUNCAJU) já demonstrar, há anos, uma postura autoritária e amadora com relação à gestão cultural, não foi surpresa, para muitos, que os editais lançados apresentassem tantas irregularidades, e até questões que ferem os direitos autorais dos artistas. Para saber mais, recomendo a leitura da Carta aberta lançada pelo Fórum do Audiovisual Sergipe no dia 23 de outubro.

Prefeitura de Aracaju vai canalizar mais lagoas naturais em obras da Zona de Expansão. A quem interessa essa ação de ataque ao meio ambiente?

Como deve acontecer nos demais 5.568 municípios brasileiros, em Aracaju, a cada gestão municipal, a cidade é presenteada com um lema ou “slogan”.  “Cidade humana, inteligente e criativa”, “cidade da qualidade de vida”, “proteger a vida e cuidar da cidade”, “o futuro se constrói com amor e trabalho”, “reconstruindo a qualidade de vida”, “uma cidade para todos”, “cidade de todos”, só para ficarmos nos mais recentes.

Como colocar agroecologia na boca do povo? O ressurgimento de conselhos participativos anima os que acreditam na agroecologia como modelo sustentável

Essa é uma pergunta bastante interessante já que ela também é uma pergunta intrigante. Isso porque acontecem diversas “Agroecologias” nos mais diversos territórios e, na maioria das vezes, ela se realiza sem apoio de políticas públicas. São muitas identidades camponesas que se fortalecem quando empoderadas em suas potencialidades, com alimentos reconhecidamente nutritivos e ao mesmo tempo economicamente revigorantes.

“Pelas Barbas do Profeta”. A direita no Brasil segue a todo vapor com seu projeto de poder e tendo Paulo Freire como um dos alvos a derrotar

Desde 2018 venho estudando a “extrema direita católica” nas redes digitais. Paralelo a isto, vou catando o que é possível sobre a extrema direita em geral nestas redes.

Acabo de ver no Youtube o: “Pelas Barbas do Profeta | Pátria Educadora – Capítulo 2” produção do brasil paralelo. Assustador e ao mesmo tempo caricatural de toda uma concepção de educação. Essa parte II é quase toda dedicada a uma crítica infame a Paulo Freire e seu projeto educacional.

Uma escola para Alice… e para os Silvas, os Santos, os Costas. Também há professoras e professores semeando flores, ainda que pantanoso seja o terreno

“Vamos precisar de todo mundo / Pra banir do mundo a opressão / Para construir a vida nova / Vamos precisar de muito amor”, canta lindamente Beto Guedes. O poeta parece conhecer, em detalhes, a trajetória a ser seguida. Já Alice[1] carece de orientação: “Poderia me dizer, por favor, que caminho devo tomar para ir embora daqui?”, ao que responde o interlocutor: “Depende bastante de para onde quer ir”. Alice, então, complementa: “Não me importa muito para onde”. O Gato arremata: “Então não importa que caminho tome”.